As pessoas na praça
chorando aos pombos
que a prisão
não é mais bela
As pessoas sujas
vulgares e arrependidas
chorando aos seus chefes
um pequeno aumento
no salário
visualizado
nas lentes da sociedade
As pessoas no ônibus
chorando no meu ombro
pedindo aos deuses
uma cama de molas
para pagarem
no fim do mês
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Mariana das Neves
Corra,
Ela tem mel nos cabelos
Corra,
corra garota doce
Os ursos andam
à procura de
devorar-te
É tempo de caça
e eles estão sedentos
por saborear-te
Teus passos
são doces rastros
a farfalhar a terra
Voe,
voe abelhinha,
eles estão sedentos
por teu vermelho
e fresco
mel
Eles se aproximam,
ouça o arfar de seus corpos
e o peso de suas passadas,
a terra estremece,
seria o medo?
Eles rugem,
são seres bárbaros,
são feras primitivas,
são homens...
Voe...
Corra...
Retalharam o teu corpo
esguio
com suas garras
e seus músculos bestiais
Oh doce garota,
eles querem o teu
mel.
ouça o arfar de seus corpos
e o peso de suas passadas,
a terra estremece,
seria o medo?
Eles rugem,
são seres bárbaros,
são feras primitivas,
são homens...
Voe...
Corra...
Retalharam o teu corpo
esguio
com suas garras
e seus músculos bestiais
Oh doce garota,
eles querem o teu
mel.
Prece
Não se desfaça
Das minhas fases
Meio aos desfarces
Em minhas faces
Pois sempre as coisas
Que veem mais fáceis
São as fugaces
Dentre as demais
Das minhas fases
Meio aos desfarces
Em minhas faces
Pois sempre as coisas
Que veem mais fáceis
São as fugaces
Dentre as demais
fótons
-Puts, ela esqueceu o casaco e o colar...
E do outro lado da cidade, ela pensava:
"Será que ele vai pensar que eu deixei o colar lá só pra ter algum motivo para voltar amanhã?"
Noites inquietas se passam dos dois lados da cidade com em qualquer dia corriqueiro nesse mundo rodeado de seres humanos. As pessoas acordam. Comem e rezam, feito máquinas programadas e desreguladas. Ela volta para pegar o colar, o beija e ultrapassa sua cota de bem-humorismo do dia.
Qual o motivo de amanhã?
O amor?
E do outro lado da cidade, ela pensava:
"Será que ele vai pensar que eu deixei o colar lá só pra ter algum motivo para voltar amanhã?"
Noites inquietas se passam dos dois lados da cidade com em qualquer dia corriqueiro nesse mundo rodeado de seres humanos. As pessoas acordam. Comem e rezam, feito máquinas programadas e desreguladas. Ela volta para pegar o colar, o beija e ultrapassa sua cota de bem-humorismo do dia.
Qual o motivo de amanhã?
O amor?
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