Hoje meu armário velho abri, o medo me angustiou pois sabia o que estava por vir. Em um súbito ,depois de tanto hesitar, abri-o de vez e junto da poeira vieram as lembranças de um amor sufocado, sonhos esmagados, sulfácidos e homicídios. Caí com força no chão lembrando dos beijos doces que me faziam sufocar, quase cheguei a sorrir, quase fui feliz, até vê-las, Duras e ressequidas como couro velho e fervido, estavam as aranhas, olhando-me e acusando-me pelo que havia feito. A dor veio e não resisti, fechei o armário para nunca mais abri-lo. Porém, eu sabia que não seria a última vez.
- Efraim Véras.
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Mariana das Neves
Náufragos do universo
O que somos nós neste mar confuso?
eu me pergunto
E que destino nos reserva,
por fim,
este bote planetário?
Enquanto não sabemos
vamos (sobre)vivendo
na superfície.
eu me pergunto
E que destino nos reserva,
por fim,
este bote planetário?
Enquanto não sabemos
vamos (sobre)vivendo
na superfície.
das distâncias
Há peitos e bundas espalhados
nas telas dos nossos computadores.
Há desgraças e maldades
nas manchetes dos jornais.
Meu peito se abre como flor ao mundo.
Floresce. Cresce. Muda. Colore.
nas telas dos nossos computadores.
Há desgraças e maldades
nas manchetes dos jornais.
Meu peito se abre como flor ao mundo.
Floresce. Cresce. Muda. Colore.
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Emanuel Madeira
Ontem e hoje
Hei que
hoje sou
Mais brando
Mais calma
Mais amado
Ontem as
trevas me deram
Conhecimentos
sobre o perdão
A lembrança,
Esperança,
E por
mais que eu pense em mover meus pensamentos
Para frente,
Há sempre
uma corda invisível
Me forçando
a olhar para trás
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