pelo mundo

me sinto tonto
nauseado pelo mundo
me sinto pouco
amenizado pelo mundo

foi o ônibus que não veio
e a morte que não vem
as revistas estão velhas
as matérias são as mesmas
os repórteres continuam ruins
o batom da recepcionista 
ainda é o mesmo de sempre

meus ossos não cabem mais em meu corpo
eu quero rasgar meus limites turvos
e transcender na minha alma incompreendida
meus ossos saem de mim
eu vou abrindo caminho
pois só assim me libertarei

1 comentários:

Mariana das Neves disse...

Incrível como você consegue transparecer a aflição que o mundo nos causa. Liberdade, a simples liberdade... eu clamo por isso.
Muito bom.

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