Lorca II

Procuro por Lorca
e talvez eu seja
o que ele procura

Uma morte de luz que o consuma

A luz está fraca
mas eu tenho a luz
eu tenho a luz

Meus poemas mortíferos
talvez sirvam de morte para ele
queimarei meus poemas
e criarei uma morte de luz
jogarei o corpo inerte de Lorca
no broto da feia fogueira

Farei de mim herói

Uma morte de luz
consumindo-o

E depois
me jogarei lá
completando
o ciclo heróico
eu é viver
brilhar e morrer

Esqueçam a segunda parte
cumprirei as promessas
                                                                          - brilharei depois da morte
Morrerei brilhando.






1 comentários:

Milla Carol disse...

intenso.
da vontade de entrar no poema e ser a luz.

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